10 de Maio: Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus

Neste dia 10 de maio é celebrado o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus, uma doença autoimune, que afeta o sistema de defesa do organismo e faz com que o sistema imunológico do paciente comece agir de maneira irregular.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), no Brasil existem aproximadamente 65 mil portadores de lúpus. Esta enfermidade é inflamatória e crônica e não tem cura. Os sintomas podem surgir em vários órgãos de forma lenta e progressiva.

O tema ganhou mais repercussão nas últimas semanas após ser abordado na supersérie da Globo “Onde Nascem os Fortes”. A personagem da atriz Lara Tremourox convive com a doença e o sofrimento dela e da mãe dela no folhetim, Débora Bloch, é muito bem retratado.

O corpo do paciente que convive com o Lúpus não consegue criar essa defesa do organismo e isso provoca uma inflamação crônica em vários órgãos. O cabelo começa a cair, passam a pipocar manchas e irritações na pele, o cansaço e o desânimo aumentam, assim como os gânglios. O paciente ainda pode apresentar febre, artrite com derrame na articulação, derrame pulmonar ou pericárdico e até convulsões, alertou a reumatologista Mayara Silveira.

A vítima preferida do lúpus são as mulheres e isso está ligado a fatores emocionais. As informações sobre a doença ainda são escassas na rede pública de saúde, o que aumenta a dificuldade no diagnóstico e até o tratamento de outras doenças no lugar do lúpus, prejudicando ainda mais a saúde do paciente.

O preconceito também afeta os portadores da doença. O mito do contágio prejudica relações e atrapalha o tratamento. “É preciso deixar claro que a doença não é contagiosa. Ainda há muito preconceito quanto a isso e os pacientes sofrem. Precisamos desmistificar esse tema”, ressalta Mayara.

Ela conta que o tratamento do lúpus consiste na tentativa de reduzir a autoimunidade do corpo e as inflamações que ela causa. “Mas além da medicação, é preciso promover algumas mudanças nos hábitos dessas pessoas. Mudanças alimentares, a inclusão de exercícios físicos e a reposição de vitaminas, principalmente a D”, recomenda.

A reumatologista conta que na rotina de um portador da doença, as consultas ao médico precisam ser frequentes para a realização periódica de exames e medir os efeitos da medicação. “O paciente também precisa controlar a exposição solar e a radiação UV, que pode ser um desencadeante da doença. Os raios ultravioletas podem fazer aparecerem novas lesões na pele. O que recomendo é que utilizem protetores solares no mínimo de fator 30 ao sair à rua, mesmo em dias nublados. Na praia ou piscina, a mesma recomendação. Reaplique a cada duas ou três horas, com antecedência de 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol. Usar óculos solares, chapéu e optar pela prática de esportes no começo da manhã e no fim da tarde”, explica.

Como as medicações podem aumentar o colesterol, o peso, os eletrolitos e a glicose, a dieta precisa ser bastante regrada e aliada aos exercícios regulares. O uso de contraceptivos precisa ser bem planejado juntamente com o médico. Fumar e beber nem pensar.

 

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